terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Dançando conforme a crise

Caros leitores,
Neste post vou falar,  de um ponto de vista pessoal, sobre a questão da dança na crise do país  que, felizmente,  mostra indícios de que está terminando.  É uma opinião estritamente pessoal e pode não  representar a realidade de alguns.
-  Há poucos anos, era comum escolas e academias de dança fecharem o mês ou o ano com uma média de 300 alunos, situação que foi se modificando devido ao aumento aventureiro da concorrência em que  qualquer pessoa que adquiria um pouco de conhecimento já se sentia apto a ministrar aulas, cobrando valores que demonstravam que o único interesse era fazer dinheiro, não se importando com o custo que isso traria nem com a satisfação de seus clientes.
Além dessa questão, no início da crise, em 2013, as escolas tradicionais e sérias passaram a sofrer também com a queda dos rendimentos financeiros dos clientes, começando aí a evasão dos queridos e, até então, fiéis alunos. Os anos seguintes foram de agravamento da crise, com queda geral no faturamento, o que, consequentemente, afetou o comportamento do setor imobiliário, tornando impossível as renegociações dos valores dos aluguéis, levando grandes e tradicionais escolas a mudarem de endereços ou em casos mais graves até fecharem suas portas.
Todavia, isso levou os aventureiros a repensarem suas escolhas e eles se viram obrigados a sair do mercado, porque o lucro fácil já não era mais possível.

Os anos de 2014 a 2016 foram amargos para toda a sociedade brasileira, chegando a recessão a atingir os setores de lazer, cultura e entretenimento, que são os primeiros a serem cortados das prioridades pessoais.
O ano de 2017 ainda veio com reflexos da crise, porém, o mercado já estava se refazendo do susto e se reorganizando, traçando estratégias e, principalmente, revendo conceitos, pois era necessário e urgente lutar pela sobrevivência do setor.  Comecou-se, então, uma reestruturação de quadro de funcionários, horários de atendimento, perfil de público e didáticas. Vimos  uma explosão de oficinas, workshops e congressos que deram aos poucos alunos sobreviventes a opção de escolher melhor seu plano de aprendizado, com preços e conteúdos impensáveis até pouco tempo atrás.
Podemos afirmar, com certeza, de que quem saiu ganhando com a crise foi o cliente/aluno, que viu seus custos com aulas de dança baixarem sem perder a qualidade do atendimento dos profissionais sérios do setor.  Outra questão que foi ótima para o cliente/aluno é que as escolas se viram obrigadas a reconhecerem que elas  é quem precisavam do cliente e não o contrário, pois nós somos simplesmente prestadores de serviços.  O cliente é nosso bem maior!
E, como consequência dessas  renovações, o que vimos foram as quedas nos preços e melhoras no atendimento.  O cliente passou a ser visto com muito mais importância pelos profissionais, de um modo geral.
Nós, profissionais do setor, devemos ter em mente que o cliente está cada dia mais informado, atento e exigente e somos nós que dependemos deles.
Agora em 2018, com a retomada do crescimento econômico, nossos antigos e novos  clientes estarão de volta.  Devemos acolhê-los com muita atenção e carinho, devendo, os profissionais,  mudarem aquele velho conceito de que cliente é um $.  Temos que ter em conta de que o cliente é um ser humano que por algum motivo escolheu colocar a dança na sua sua vida, nos escolhendo como profissionais ou à  nossa escola, como instrumento que proporcionará o seu aprendizado.
2018, ano de recuperação, renascimento e  crescimento a longo prazo! Com  pés no chão, muita garra e profissionalismo lutaremos em prol da realização dos ideais dos nossos clientes/alunos, pois é deles que tiramos nosso sustento e é com que aprendemos muito!
No mais, sucesso a todos nós.
Prof/blogger de dança
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